É sempre sobre ceder. E é sempre uma operação complexa. Não porque seja uma equação difícil, mas porque ao mesmo tempo que é exata é subjetiva. O resultado da equação é que demonstra se o relacionamento é saudável ou não.
Mas não é sobre ceder o mesmo tanto. É sobre se o que eu cedo, na minha percepção, vale o mesmo tanto do que você cede. Só que aí entra você e a sua percepção quanto ao que você cede e quanto ao que eu cedo. Por isso é tão complexo.
E essa operação deve ser temperada, a meu ver, por respeito, humildade, colaboração, foco no fazer dar certo, empatia, assertividade.
E essa operação deve ser temperada, a meu ver, por respeito, humildade, colaboração, foco no fazer dar certo, empatia, assertividade.
Mas e o amor? Aparentemente, ele torna a equação mais simples, mas não.... Ele a torna ainda mais complexa. Porque o amor altera as percepções, relativiza as coisas. O que eu cedo pra um irmão, por exemplo, é muito diferente do que eu cedo pra um colega. Mas se estou magoada com quem amo (o que geralmente acontece muito mais do que com quem não amo) a percepção muda e o peso da balança também. Aí eu cobro o que cedi (ou, na verdade, não cedi), porque, com a mágoa, a balança descompensa de novo....
E aí, escrevendo esse texto eu concluo... É tudo sobre interesse. O quanto me esforço pra balancear a equação depende do quanto me interesso.
E aí entra o interesse do outro. E aqui não é só sobre interesse mesquinho, pode ser interesse pelo bem estar do outro. E tudo isso molda cada balança, cada relação.
É sempre sobre quem sou e o que busco na relação com o outro.
É sobre ser e estar!
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