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É preciso limpar as lentes!

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Sobre nos dar conta do que realmente importa!

Este texto não é e nem tem pretensão de ser uma resenha (quem sabe uma singela homenagem), mas uma reflexão provocada por uma pequena grande obra. "O pequeno vendedor de chicletes: e outros contos sem fadas", da minha amiga e brilhante escritora Aline Caixeta é daqueles livros que trata do que realmente importa: nossa humanidade. Nessa coletânea, a autora conta - a seu modo, mesclando, como ela mesma diz, cores, nosso povo e nossa cultura - contos clássicos de Hans Christian Andersen. Para ela, e para mim também, a literatura é, além de um direito, uma forma de compartilhar o que há de mais humano em nós. Conheci a obra como um projeto, um desejo, uma vontade. Minha amizade com a autora surgiu pelo encontro que trabalhar com projetos sociais e culturais nos proporcionou. Tantas trocas nos fizeram perceber que, mesmo com muitas diferenças, tínhamos valores muito parecidos e, desde então, seguimos juntas pela vida, em uma relação que "ultrapassa os limites da linguagem&quo

O desafio de ver além do que se mostra!

Eu sempre achei que a roseira ficava florida sempre. Pra mim, esse era um princípio dela: ter rosas! Antes que vocês me julguem, tenho em minha defesa que sou quase completamente leiga quando o assunto é plantas. Só não sou totalmente leiga porque depois que tenho minha casinha já fiz tentativas de ter plantinhas e, sim, matei algumas! Mas, também estudei (um pouco) e vivo enchendo meus amigos que entendem de plantas de perguntas. Em fevereiro deste ano ganhei uma roseira. E aí ela já começou a me fazer refletir, porque, afinal, eu não imaginava como era uma roseira iniciante. Até porque, as que eu conhecia, como eu disse, estavam sempre floridas e com muitas rosas, várias! Eu ganhei um botão de rosa. Só que esse era diferente de todos os outros que eu já havia ganhado. Não era um botão retirado de uma roseira para alegrar um dia de alguém - e depois morrer -, era uma roseira em potencial. Tinha que ser plantada. Tinha que ficar no lugar correto para receber o sol. E tinha que ser agua

Quando o melhor presente é a presença

Em dezembro me peguei fazendo uma busca inédita no Google: "o que dar de presente para amigos que estão de mudança?". Eu gosto muito de presentes - tanto de dar quanto de receber - principalmente aqueles que têm significado ou utilidade, ou ainda, os dois. Eu queria muito que eles "me levassem junto" e também não queria ser um problema a mais na mudança - que é sempre o ó! Enquanto eu pesquisava, me lembrei que essa não era a primeira vez que dava um presente para alguém que se mudava. O primeiro foi, justamente, pra ela. Nos conhecemos no trabalho e nos tornamos grandes amigas. Quando ela me contou que estava de mudança para fazer uma especialização que era a cara dela, fiquei radiante por vê-la seguindo seu caminho e seu coração. Já ele eu conheci mesmo à distância. Entre conversas gentis com informações sobre um programa de desenvolvimento, atividades formais de aprendizado e conversas à toa depois do curso, fui aprendendo a admirar esse ser humano incrível. Eu v

Controle: quando ele virou o rei da casa (e da vida)?

Já tem bastante tempo que quero escrever esse texto. Vários que foram escritos nos últimos tempos "furaram a fila". É que o tema é muito complexo (na verdade, desafiador!) e esses a gente vai deixando de molho, mesmo que o blog exista justamente para me ajudar a pensar. Controverso, não?! Há alguns anos eu estava dando uma aula de comunicação para meus queridos jovens e estávamos interpretando um charge cujo tema era a influência das mudanças tecnológicas no nosso comportamento e na nossa saúde. Aí, pra dar um exemplo, eu contei para eles como era a vida antes do controle remoto. Lembro que fiquei perplexa quando me contaram que já temos aplicativos para controle remoto no celular. Se você nasceu nos anos 2000 nunca deve ter parado para pensar nisso, mas existia vida antes do controle remoto. Me lembro bem da primeira vez que tive contato com um - e com certeza não foi na minha casa. Naquele época, controle remoto era artigo de luxo. Exatamente por isso, lembro com clareza do

Sobre noites, medos e coragem!

 "Às vezes, na noite escura... a gente se pega sentindo medo." Não que apenas à noite a gente sinta medo, mas é que, à noite, ele parece muito maior. Nos últimos dois anos eu senti muitos medos na noite escura. Senti medo de ficar doente. Senti medo das pessoas que eu amo adoecerem. Senti medo de adoecer as pessoas que eu amo. Também senti medo de pessoas que não sentem medo! Senti medo de perder o trabalho. Senti medo das pessoas perderem o trabalho. Senti medo de nos perdermos. Também senti medo de pessoas que não sentem medo! Senti medo de amar. Senti medo de ser amada. Senti medo de não dar conta! Senti medo de sentir medo. Também senti medo de pessoas que não sentem medo! E aí, lendo a história do Tio Luiz, brilhantemente contada pela Nina e pela Dessa - aliás, um dos melhores presentes que um professor poderia ganhar - eu percebi que senti muito medo, mas que também tive muita coragem. A coragem não é o contrário do medo. A coragem é a força que nos leva a atravessar as

Entre o movimento e a pausa: espreguiçar!

Todos os dias, quando acordo, eu me espreguiço na cama antes de levantar. Faço isso depois que aprendi que é bom para evitar dores no corpo. Houve uma época em que eu sentia muitas dores no corpo. Dores constantes, às vezes incapacitantes. Quem sente dores constantes sabe o quanto é difícil ter que aprender a viver com elas. A viver apesar delas. Hoje isso não acontece mais. Eu aprendi a cuidar mais de mim e, de lá pra cá, para evitar a dor, eu mudei muitos hábitos. O de espreguiçar é um deles. Muitos dos hábitos que adotei para cuidar do corpo físico significaram acrescentar algo à rotina: incluir exercícios físicos, aumentar a atenção na postura, espreguiçar e alongar. Mas nem sempre cuidado tem a ver com acrescentar. Às vezes é preciso retirar. Há mais de um ano eu criei este blog com o objetivo de ter um espaço para elaborar meus sentimentos e pensamentos (calma! não vou retirar o blog da minha vida!). E em meu último texto até então eu refletia o quanto esse exercício havia sido f