Em momentos de incerteza, medo, indecisão, confusão e indefinição, nossos sentimentos ficam mais aflorados e nossas lentes são alteradas. O valor que damos às coisas muda, ou se revela. Tenho refletido - ou sentido - sobre isso nos últimos dias. A música "Comida", dos Titãs, da qual eu gosto muito porque compara a arte e a cultura ao que temos de mais básico para sobreviver: alimento e água, também tem martelado minha cabeça sobre a tríade desejo, necessidade e vontade.
Neste período de distanciamento social, todos temos passado vontade, muitos necessidade e outros tantos têm visto os desejos estão sendo relativizados. Como boa seguidora de regras que sou - e também bastante medrosa - tenho segurado a onda das vontades muito bem. Mas eis que, nesta semana, acordei muito pra baixo e comecei a tentar identificar qual era o gatilho da vez, porque, afinal, nessa situação toda, eles são muitos.
E me vi com uma dor no peito pela falta que tenho sentido de abraçar!
Quem me conhece sabe que sou abraçadeira mesmo! Seja em ambientes profissionais, pessoais ou familiares, é muito difícil que eu comece uma conversa sem um abraço.
E então me dei conta de que são dois meses sem abraços. Mas... por que a dor? Por que me baqueou tanto? Então conclui que, pra mim, eles são necessidade. Ou seja, algo indispensável para minha (sobre)vivência. Essa conclusão não foi tão simples de se chegar assim... afinal, às vezes confundimos necessidades com vontades e vontades com necessidades.
Foi aí que comecei a me questionar: por que, para mim, os abraços são indispensáveis? Afinal, tenho conversado muito com as pessoas, encontrado diversas formas de me conectar, estou conseguindo manter uma rotina saudável, tenho trabalhado e estado satisfeita com os resultados, e não estou me sentindo sozinha.
E a resposta veio do sinônimo: abraços são enlaçamentos. Abraços são laços! E laços são símbolos de união, de força, de construção e até do sagrado.
Minha vida tem significado no enlaçamento que faço com o outro. É no encontro que me encontro. É no dar a mão que me revelo. É no falar que me ouço. E é no ouvir que me reconheço.
Por isso doeu tanto! É falta! E falta dói!
Falta de encostar coração com coração. Falta de trocar energia. Falta de sentir aconchego. Falta de me deixar aconchegar.
Estar privada do outro tem me deixado com escassez de uma parte de mim!
E você? Do que tem sentido falta?
Neste período de distanciamento social, todos temos passado vontade, muitos necessidade e outros tantos têm visto os desejos estão sendo relativizados. Como boa seguidora de regras que sou - e também bastante medrosa - tenho segurado a onda das vontades muito bem. Mas eis que, nesta semana, acordei muito pra baixo e comecei a tentar identificar qual era o gatilho da vez, porque, afinal, nessa situação toda, eles são muitos.
E me vi com uma dor no peito pela falta que tenho sentido de abraçar!
Quem me conhece sabe que sou abraçadeira mesmo! Seja em ambientes profissionais, pessoais ou familiares, é muito difícil que eu comece uma conversa sem um abraço.
E então me dei conta de que são dois meses sem abraços. Mas... por que a dor? Por que me baqueou tanto? Então conclui que, pra mim, eles são necessidade. Ou seja, algo indispensável para minha (sobre)vivência. Essa conclusão não foi tão simples de se chegar assim... afinal, às vezes confundimos necessidades com vontades e vontades com necessidades.
Foi aí que comecei a me questionar: por que, para mim, os abraços são indispensáveis? Afinal, tenho conversado muito com as pessoas, encontrado diversas formas de me conectar, estou conseguindo manter uma rotina saudável, tenho trabalhado e estado satisfeita com os resultados, e não estou me sentindo sozinha.
E a resposta veio do sinônimo: abraços são enlaçamentos. Abraços são laços! E laços são símbolos de união, de força, de construção e até do sagrado.
Minha vida tem significado no enlaçamento que faço com o outro. É no encontro que me encontro. É no dar a mão que me revelo. É no falar que me ouço. E é no ouvir que me reconheço.
Por isso doeu tanto! É falta! E falta dói!
Falta de encostar coração com coração. Falta de trocar energia. Falta de sentir aconchego. Falta de me deixar aconchegar.
Estar privada do outro tem me deixado com escassez de uma parte de mim!
E você? Do que tem sentido falta?
Saudade de chamar os amigos pra casa, cozinhar pra todo mundo e abrir uma garrafa de vinho pra rir e comer e beber até sentir as pernas bambas! Saudade dos meus livros, que não vejo há dois meses. Saudade de correr no parque e andar de bicicleta. Saudade das feiras literárias, do pôr do sol de Boiçucanga e de conhecer gente interessante. E é claro, saudade dos abraços também.
ResponderExcluirMinha cara! Como sua resposta me diz de você! Que em breve nós possamos cumprir todos nossos mirabolantes planos em SP! E em Udia tb!!!!
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