Penso que.... na verdade, o que mais importa são os porquês!
Na verdade, com o passar do tempo eu comecei a chamar isso de compartilhar, porque achei mais bonito do que o rótulo que a minha família me dava... "conversa demais!"
Mágoas de bullying da infância deixados de lado, eu comecei a perceber que conectar, articular, trocar, construir eram marcas presentes em meus comportamentos em qualquer papel social que eu ocupasse. Como profissional, amiga, colega de sala, namorada, eu sempre tinha esses movimentos.
Até que um dia, uma amiga - dessas que todas as pessoas precisam ter - me desvelou e sacou a minha: eu compartilhava muito de tudo e pouco de mim! Uau! Que forte isso, não é mesmo?
Então, fui me observando e percebi que o curso de Psicologia, que comecei em 2018, tem, além de muitas outras coisas, me proporcionado esse compartilhamento de uma forma que eu sempre gostei de fazer: escrevendo.
Eu sempre gostei de escrever. Inclusive, esse foi um dos critérios para a escolha da minha primeira graduação, que é Letras (e quase foi jornalismo. Vejam que interessante!). E eu sempre gostei de escrever porque o processo de escrita clareia muito meus pensamentos.
Na psico tenho escrito muito sobre mim e entendendo que esse processo tem sido curador. Ao escrever consigo conectar dimensões minhas que, talvez falando, não passe nem perto de atingi-las. Para escrever, silencio, reflito, rumino, estruturo. Lendo o que escrevi sobre mim, me entendo. Então, esse é meu primeiro motivo. Me ajudar a me entender.
Até aí, não precisaria de um blog, certo? Posso ter meu caderno de escritos terapêuticos e está tudo resolvido. Para quem gosta tanto de compartilhar, está posto de novo o paradoxo que minha amiga me apresentou lá atrás.
Pois bem, demorei para criar esse blog porque não sabia bem o porquê de querer compartilhar essas elaborações. E, na verdade, ainda não sei. Mas talvez seja uma tentativa de começar a abrir esse mundo interno para um diálogo mais genuíno. Não sei... vou compondo e descobrindo.
Por fim, outra pedra no caminho era pensar na obrigação. "Nossa! Se eu fizer um blog vou ter que alimentá-lo com certa frequência..." E aí é que entra outra amiga que me fez refletir sobre isso e entender que não. Eu posso fazer algo despretensioso, sem regras e sem cobranças, sim. E acho importante experimentar esse trajeto.
E, assim, em um momento que o mundo passa por transformações, que a incerteza é a única certeza que existe, que as emoções estão nos mostrando o quanto elas importam e que nos rever bate na porta, eu lanço a minha composição... Não como algo pronto, mas a minha "fazeção de compor".
Bem vindos!
Aaaah que especial estar aí registrada aqui! Vai ser incrível te conhecer mais pelas palavras e mais ainda ver o seu processo de se reconhecer ainda mais!
ResponderExcluirVc faz muito parte disso, mocinha! Uma grande inspiração pra mim!
ExcluirGeeeeeente...que tudo!!!! Adorei....que escrita fluida e rica!!!!!
ResponderExcluirObrigada, amiga!
ExcluirQue legal ler suas considerações! Realmente escrever ajuda muito a conhecer algumas coisas em nós mesmos. Meu blog me ajudou demais na época da faculdade também, inclusive me identifiquei com suas escolhas. Me formei em psicologia, mas minhas outras opções eram letras ou jornalismo. Acabei encontrando um pouco do jornalismo no caminho que segui na psicologia, nem sabia que era possível rsrs (mas foi maravilhoso descobrir)
ResponderExcluirBeijos!
Serenar
Que legal seu depoimento, Marina! Gratidão! Venha sempre por aqui!
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